Nunca vou



Por Jânsen Leiros Jr.
Nunca vou entender
a partida
Nunca vou
Quem irá?
Não mandei que fosse
não passei-lhe a foice
lhe falei tão doce...

De um silêncio enorme
quis a própria sorte
revivesse tempos
que por tempo ameno
ressecando a fonte
refizesse o seco
E esse vil deserto 
que sequer entendo

Se repenso as falas
me remeto às favas
me condeno a tudo
que nem mesmo sei
Pois não há motivos
não que os conheça
nem que reconheça
apenas pela ausência

Cerradas as janelas
fechadas mesmo as portas
abandono de entradas
e de saídas
Silêncio
Feito mudo por não
ser surdo
ouço tudo que sem palavras
se grita no vácuo
do sumiço
- Adeus pra sempre
Impenitente
Novembro 2015

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