Mutilaram o humor


Tentaram apagar o traço
de alegria
Rasgaram a folha
da picardia
Quebraram a régua
do bom senso
e romperam o compasso
da tolerância

Tentaram algemar

a liberdade
calar o desenho 
irreverente
punindo o papel
e a crítica
Feriram a linha
da decência

Mutilaram o humor

mas não mataram
o pensador
Acenderam um braseiro
e em pleno inverno
faz calor
Não imputaram culpa
só aumentaram
a dor

Sem revanche

sem vingança
que se cassem os culpados
não culpando inocentes

O pacifista se conhece
pelo horror apaziguado
Pela flor que oferece
pelo pranto sossegado


Janeiro 2015

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