“20 Então, levantando ele os olhos
para os seus discípulos, dizia: Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é
o reino de Deus. 21 Bem-aventurados vós, que agora
tendes fome, porque sereis fartos. Bem-aventurados vós, que agora chorais,
porque haveis de rir. 22 Bem-aventurados sereis quando os
homens vos odiarem, e quando vos expulsarem da sua companhia, e vos injuriarem,
e rejeitarem o vosso nome como indigno, por causa do Filho do homem. 23
Regozijai-vos nesse dia e exultai, porque eis que é grande o vosso galardão no
céu; pois assim faziam os seus pais aos profetas.
24
Mas ai de vós que sois ricos! porque já recebestes a vossa consolação. 25
Ai de vós, os que agora estais fartos! porque tereis fome. Ai de vós, os que
agora rides! porque vos lamentareis e chorareis. 26
Ai de vós, quando todos os homens vos louvarem! porque assim faziam os seus
pais aos falsos profetas.
27
Mas a vós que ouvis, digo: Amai a vossos inimigos, fazei bem aos que vos
odeiam, 28
bendizei aos que vos maldizem, e orai pelos que vos caluniam. 29
Ao que te ferir numa face, oferece-lhe também a outra; e ao que te houver
tirado a capa, não lhe negues também a túnica. 30 Dá a todo o que te pedir; e ao
que tomar o que é teu, não lho reclames. 31 Assim como quereis que os homens
vos façam, do mesmo modo lhes fazei vós também. 32 Se amardes aos que vos amam, que
mérito há nisso? Pois também os pecadores amam aos que os amam. 33
E se fizerdes bem aos que vos fazem bem, que mérito há nisso? Também os
pecadores fazem o mesmo. 34 E se emprestardes àqueles de
quem esperais receber, que mérito há nisso? Também os pecadores emprestam aos
pecadores, para receberem outro tanto. 35 Amai, porém a vossos inimigos,
fazei bem e emprestai, nunca desanimado; e grande será a vossa recompensa, e
sereis filhos do Altíssimo; porque ele é benigno até para com os integrantes e
maus. 36
Sede misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso."
Lucas 6:20-36 - JFA
Nos versículos de 20 a 26, Lucas narra
sua versão das bem-aventuranças, utilizando-se
de um confronto entre a humildade e a soberba, entre a necessidade e a
auto-suficiência. Haverá socorro ao humilde, porém o soberbo será apanhado em
sua arrogância. Na coluna Pedras do
Monte - Os Relevos de um Sermão, aqui no blog, falamos mais
detalhadamente das bem-aventuranças, baseados porém no livro de Mateus.
Já nos versículos de 27 a 36, Jesus
surpreende seus ouvintes com um discurso impressionante e completamente
diferente de tudo que já haviam ouvido dos mestres da lei. Amar o seu inimigo, fazer o
bem ao que lhe odeia, oferecer a
outra face. Tudo soa desconcertante e novo, porque a proposta de Jesus
subverte a lógica da restituição na mesma moeda; olho por olho, dente por dente. Devolver o mal com o mal, diz Ele,
qualquer um faz. Que mérito há nisso?
Pergunta em sua argumentação.
Amar por ser amado, tanto quanto fazer
o bem a quem bem nos faz, é a lógica comum a qualquer ser humano. As atitudes
do homem natural se pautam por esse princípio. Jesus porém vai além, e propõe
uma nova máxima; Assim como quereis que
os homens vos façam, do mesmo modo lhes fazei vós também.
Portanto nosso comportamento diante
dos homens deve refletir a incondicionalidade do amor de Jesus, trazendo para o
cotidiano do mundo, atitudes que antecipam a realidade do Reino de Deus.
Refletindo o
Exercício
É possível a nós cristãos agirmos
incondicionalmente com o nosso próximo, a ponto de retribuir o mal com o bem?
Ou há alguma circunstância que legitime uma retaliação que lhe mostre "com
quem está lidando"?
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