Exercício 038 - Arrependei-vos ou morte! Um grito


Por Jânsen Leiros Jr


"1 Ora, naquele mesmo tempo estavam presentes alguns que lhe falavam dos galileus cujo sangue Pilatos misturara com os sacrifícios deles. 2 Respondeu-lhes Jesus: Pensais vós que esses foram maiores pecadores do que todos os galileus, por terem padecido tais coisas? 3 Não, eu vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis. 4 Ou pensais que aqueles dezoito, sobre os quais caiu a torre de Siloé e os matou, foram mais culpados do que todos os outros habitantes de Jerusalém? 5 Não, eu vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis.  

6 E passou a narrar esta parábola: Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha; e indo procurar fruto nela, e não o achou. 7 Disse então ao viticultor: Eis que há três anos venho procurar fruto nesta figueira, e não o acho; corta-a; para que ocupa ela ainda a terra inutilmente? 8 Respondeu-lhe ele: Senhor, deixa-a este ano ainda, até que eu cave em derredor, e lhe deite estrume; 9 e se no futuro der fruto, bem; mas, se não, cortá-la-ás"
Lucas 13:1-9 - JFA

O início do capítulo 13 de Lucas parece manter-se na mesma linha temática do capítulo anterior, reforçando a importância do arrependimento enquanto há oportunidade de o fazê-lo. Se no final do capítulo 12 seria importante observar que o tempo do juízo se avizinha, aqui o imponderável ou imprevisível pode de uma hora para outra encerrar o tempo disponível para o arrependimento e para aceitação da graça de Deus.

Algumas pessoas contavam a Jesus um fato ocorrido no templo, que provavelmente se referia a execuções ordenadas por Pilatos, governador da Judéia que mais tarde se envolverá no julgamento, condenação e morte de Jesus. Eles falavam daqueles galileus, não evidenciando o assassinato deles, mas sim a condição de suas mortes, que lhes fazia deduzir que estivessem em profundo estado de pecado. Aqueles homens que falavam ao Senhor, criam que a surpresa de suas mortes, a forma inesperada de seu fim, significava que havia ocorrido a vingança de Deus contra seus prováveis pecados.

Então Jesus adverte que se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis. Ora, ele claramente lhes aponta o equívoco de se estarem achando inatingíveis pela ira de Deus, e lhes declara que a morte igualmente lhes será surpreendente, uma vez que se imaginam fora do alcance da ação de Deus, ou ainda não incorrendo em qualquer erro que lhes fizessem suscetíveis à morte. E para deixar tal equivalência ainda mais clara, Jesus cita outro acidente, de igual modo surpreendente, reafirmando que os mortos pela queda da Torre de Siloé em nada eram mais pecadores do que qualquer outro galileu ou morador de Jerusalém.

Em seguida ele lhes propõe a parábola da figueira, que ilustra àqueles homens que o que lhes mantém vivo, e portanto com possibilidades de arrependimento, não é seus pretensos estados de inocência de pecado, mas sim a benevolência do Senhor da figueira, que pela súplica de seu servo em favor da árvore infrutífera, permite que por mais um tempo ela tenha a chance de se tornar árvore útil; se no futuro der fruto, bem; mas, se não, cortá-la-ás. Afinal, para que ocupa ela ainda a terra inutilmente?


Refletindo o Exercício

O que faz ao homem adiar a decisão de voltar-se para Deus. Quando se fala de arrepender-se, não se fala de um ato especificamente do qual se possa ser acusado e condenado. "Eu nunca fiz mal para ninguém", gabam-se alguns. Mas o arrependimento não é de atos mas sim da atitude. Da escolha em não querer o reino de Deus. De preferir não estar sob a graça em Cristo. O que se espera? Uma execução imponderável. Um acidente imprevisível? Quanto tempo mais se imagina viver ser dar frutos?

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