Exercício 033 - Não valemos mais que passarinhos?


Por Jânsen Leiros Jr


4 Digo-vos, amigos meus: Não temais os que matam o corpo, e depois disso nada mais podem fazer. 5 Mas eu vos mostrarei a quem é que deveis temer; temei aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno; sim, digo, a esse temei. 6 Não se vendem cinco passarinhos por dois asses? E nenhum deles está esquecido diante de Deus. 7 Mas até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não temais, pois mais valeis vós do que muitos passarinhos.  

8 E digo-vos que todo aquele que me confessar diante dos homens, também o Filho do homem o confessará diante dos anjos de Deus; 9 mas quem me negar diante dos homens, será negado diante dos anjos de Deus. 10 E a todo aquele que proferir uma palavra contra o Filho do homem, isso lhe será perdoado; mas ao que blasfemar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado. 11 Quando, pois, vos levarem às sinagogas, aos magistrados e às autoridades, não estejais solícitos de como ou do que haveis de responder, nem do que haveis de dizer. 12 Porque o Espírito Santo vos ensinará na mesma hora o que deveis dizer."
Lucas 12:4-12 - JFA

Se até o texto anterior a preocupação era fugir do fermento dos fariseus, Jesus agora apontava para o fato de que não deveria haver qualquer preocupação com suas eventuais e possíveis retaliações, em virtude do que eles achavam ser religiosamente correto, e o que ele mesmo apregoava como sendo o reino de Deus. É evidente que falava da ameaça velada que se intensificava contra sua vida.

Jesus, no entanto, adverte que por maiores que sejam suas ameaças, somente poderão, no máximo matar-lhe o corpo, nada podendo fazer além disso. Porém é muito mais importante fazer a vontade de Deus, cujo o juízo pode lançar no inferno. A questão é que por preocupações outras e menores, essa prioridade quase sempre se invertia. E para manter as aparências e as relações de conveniência, a vontade de Deus era deixada de lado, em função das tradições e conveniências daqueles que dominavam a religião.

Não temais, pois mais valeis vós do que muitos passarinhos. Provavelmente entre os discípulos e a multidão, haviam os que não concordavam com nada do que era imposto ou requerido pelos líderes religiosos, mas temiam suas possíveis retaliações, julgamentos e condenações. Jesus então demonstra que não é preciso haver qualquer preocupação, pois Deus, que não deixa de olhar por pássaros aparentemente tão sem valor, não deixará de olhar por aqueles que nele confiam. Pois mais valeis vós do que muitos passarinhos.

Jesus então declara finalmente o fator de risco iminente; declarar crer nele e em sua palavra. E por isso ele sustentará a coragem daqueles que com ousadia o confessarem diante dos homens. Negará, porém, a quem por covardia e timidez o negar diante dos homens. Pois ainda que alguém for levado diante de tribunais, o Espírito lhe ensinará quanto ao que deve falar.

Negar Jesus, portanto, é o pecado do qual pessoa alguma escapará. Porque nega a ação do Espírito que lhe convence do pecado, da justiça e do juízo[1]. Não lhe será perdoado; porque opta por fazer de Deus mentiroso[2]; a blasfêmia contra o Espírito Santo.


Refletindo o Exercício

Não somos habituados a atitudes de coragem. Diante de um risco iminente, buscamos oportunidades de sobrevida, ainda que nos custe algo que imaginávamos inegociável. Há pessoas pelo mundo morrendo por confessar Jesus. Mas há quem o negue para ficar "bem com os outros". Precisamos de coragem, ou não valemos mais que passarinhos?



[1]  João 16:7-11
[2]  1 João 1:10; 5:10-11

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