Conduzindo ao monte - Uma introdução


         

“Toda vez que leio Mateus e vou chegando ao final do capítulo 4, sabendo que entrarei no Sermão do Monte, me imagino como quem sentado em uma sala de cinema aguarda pelo início da seção. Luzes se apagando, os últimos espectadores se sentando, alguns pedindo silêncio... E o locutor anunciando; vai começar o mais espetacular discurso de todos os tempos. Caso tenha dificuldade em suportar o que vai ouvir, nas laterais da sala temos saídas de emergência...”
JLJr

O Sermão da Montanha, como é conhecida a seqüência de discursos de Jesus nos capítulos 5, 6 e 7 do Evangelho de Mateus, é sem dúvida um dos mais lidos e comentados trechos da Bíblia, e possivelmente o que exerce um fascínio mais transcendente desde o seu primeiro registro, uma vez que parece resumir a essência do evangelho.

Ao longo desses dois capítulos, somos surpreendidos por uma avalanche de sensações, que se alternam entre inevitáveis arrependimentos e motivadora esperança. A cada parágrafo Jesus nos desmascara as conveniências religiosas e a superficialidade de nossos conceitos espirituais. Ele nos expõe feridas escondidas por trás de rituais que não conseguem alimentar a alma, ou mitigar a sede por uma espiritualidade vibrante e profícua. Ele demonstra que somos fracos de vontade, e que agimos quase sempre com pouco empenho e dedicação quando nos pretendemos a alguma coisa. Mas Ele também aponta para uma vida possível de transformação e frutos, que melhorem o mundo em que habitamos sem, contudo, perdermos a visão de que caminhamos rumo ao Reino de Deus, que é ao mesmo tempo nosso alvo, e o nosso modo de viver.

Nas conversas que teremos nesse espaço dedicado ao Sermão, tentaremos nos transportar para ouvi-lo como se estivéssemos lá, presentes, respirando o ar da Galiléia, pisando as pedrinhas do caminho, encostados à sombra da vegetação local, em meio às multidões que acorriam para ouvir aquele que revolucionava a existência humana revelando-nos o próprio Deus. Tentaremos sentir os ensinamentos de Jesus, evitando sempre que possível o comentário meramente técnico, ouvindo além de apenas ler o texto, lembrando sempre que as sensações marcam sempre mais do que afirmações.

Peço a Deus que em mais esse passeio por sua Palavra, nossos corações sejam amadurecidos para o serviço e para sua glória.

Um forte abraço...





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