Nada a doar


Por Jânsen Leiros Jr.

Vida flagrante
de repugnante descaso
Fala de mágoa
de indisfarçável fracasso
Não fui nada do
que sonhei
Nada fui que
planejei
Tudo ao caminho 
interrompido
Tudo sem fim
com muitos começos
Planos ilados
guardados em gavetas
Travados apagados
esquecidos
infartados
Nada nos bolsos
nada a doar
pouco a mostrar
Não há sequer conquistas
a contar
Vida cotidiana sem prazer
rotina alada por cumprir.
Sem troca
por nada
Por todos questionada
Falei pra quem?
Vivi pra quem?
Morri de quê?
Março 2016

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