“13 Ora, quem é que vos há de
maltratar, se fordes zelosos do que é bom? 14
Mas, ainda que venhais a sofrer por causa da justiça, bem-aventurados sois. Não
vos amedronteis, portanto, com as suas ameaças, nem fiqueis alarmados; 15 antes, santificai a Cristo,
como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo
aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós, 16 fazendo-o, todavia, com
mansidão e temor, com boa consciência, de modo que, naquilo em que falam contra
vós outros, fiquem envergonhados os que difamam o vosso bom procedimento em
Cristo, 17 porque, se for da vontade de
Deus, é melhor que sofrais por praticardes o que é bom do que praticando o mal.”
1 Pedro 15:13-17 – RA
“41 Venham também sobre mim as tuas
misericórdias, Senhor,
e a tua salvação,
segundo a tua promessa. 42
E saberei responder aos que me insultam, pois confio na tua palavra. 43 Não tires jamais de minha boca
a palavra da verdade, pois tenho esperado nos teus juízos. 44 Assim, observarei de contínuo
a tua lei, para todo o sempre.
45
E andarei com largueza, pois me empenho pelos teus preceitos.
46
Também falarei dos teus testemunhos na presença dos reis e não me
envergonharei. 47
Terei prazer nos teus mandamentos, os quais eu amo. 48 Para os teus mandamentos, que
amo, levantarei as mãos
e meditarei nos
teus decretos.
49
Lembra-te da promessa que fizeste ao teu servo, na qual me tens feito esperar.”
Salmos 119:41-48,49 - RA
Que
vivemos num mundo cheio de indagações, e repleto de questionamentos e
inquietações, creio que não há quem duvide ou discorde. Muito pelo contrário,
somos diariamente confrontados com a realidade de que, não obstante o
desenvolvimento cientifico, e o amplo acesso a recursos tecnológicos os mais
variados, vivemos uma absurda crise de identidade social, de caráter ético, e
de incertezas quanto aos rumos da humanidade e do planeta em um futuro próximo.
Falamos
há alguns dias sobre um ateísmo pragmático,
que tem sustentado e orientado a busca por respostas e soluções, para as
crises em que a humanidade se encontra afundada. E em que consiste tal ateísmo? Consiste numa atitude e
posicionamento primordial, que exclui a possibilidade de Deus, ou de seu
envolvimento nas soluções e contingenciamentos demandados por essa mesma
sociedade. Para tal geração, ou Deus definitivamente não existe, ou é
entendido com uma impessoalidade que o faz distante, desinteressado ou incapaz de
ocupar-se com nossas mazelas e dificuldades. Forjaram uma consciência coletiva desesperançosa, que esculpiu um deus lá de longe,
diferente do Deus aqui dentro que
conhecemos tão intimamente.
“19 pois o que de Deus se pode
conhecer é evidente entre eles, porque o próprio Deus lhes revelou. 20 Pois desde a criação do mundo
os atributos de Deus, seu eterno poder e sua natureza divinas, têm sido
observados claramente, podendo ser compreendidos por intermédio de tudo o que
foi criado, de maneira que tais pessoas são indesculpáveis; 21 porquanto, mesmo havendo
conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças; ao contrário,
seus pensamentos passaram a ser levianos, imprudentes, e o coração insensato
deles tornou-se em trevas. 22
e proclamando-se a si mesmos sábios, perderam completamente o bom senso.”
Romanos 1:19- 22 - BKJ
Ora,
num cenário tão diverso e adverso ao nosso, eventualmente somos, e é muito bom
que sejamos, hostilizados pela prática do que é justo, pela conduta comprometida
com um Deus que não entendem, ou por nosso testemunho de submissão a um Deus
encarnado a quem não compreendem ou não suportam; Jesus. Mas o que nos
evidencia e nos expõem ao que é mau, também nos dignifica para o que bom; o
testemunho do amor de Deus e de sua salvação.
Enquanto
o homem natural se perde em suas próprias divagações sobre Deus, ou na
construção de deuses mentais elaborados para suas próprias conveniências, sem
contudo encontrar as respostas para suas incômodas questões existências, o
homem espiritual, nascido de novo, encontra descanso e esperança na comunhão
com o Deus criador, que tudo traz do caos à ordem, dando paz e conforto ao
coração inquieto e enganoso.
“14 Ora, o homem natural não aceita
as coisas do Espírito de Deus, porque para ele são loucura; e não pode
entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.15 Mas o que é espiritual
discerne bem tudo, enquanto ele por ninguém é discernido.16 Pois, quem jamais conheceu a
mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo.”
1 Coríntios 2:14-16 - RC
Note-se
assim, a profunda e provocante responsabilidade que temos nesse mundo; nosso
mundo. Não falo do planeta nem das distantes nações, ainda que não devamos abandonar o projeto global. Mas falo prioritariamente do nosso mundo cotidiano,
do mundo que alcançamos com nossos braços e pernas. Que pode ser tocado com nossos
abraços e acompanhado com os passos curtos de nossas pernas. O mundo formado
pelos que habitam meus deslocáveis poucos
metros quadrados. O mundo em que eu posso influenciar aqui e agora,
imediatamente e já.
Esse
sentido de urgência do testemunho, de agirmos como luz do mundo enquanto sal da
terra, decorre do sempre crescente e conveniente culto ao deus desconhecido, afastado e
esquecido, alimentado diária e diuturnamente pelas pessoas que participam
da nossa vida. Que acreditam que o
importante é ter fé, ainda que não tenham a menor idéia em que ou em quem.
“17 Sendo assim, eu vos afirmo e no
Senhor insisto, para que não mais viveis como os gentios, que vivem na
inutilidade de seus pensamentos.”
Efésios 4:17 - BKJ
Portanto,
não há mais tempo a se perder. Estamos sendo chamados a dar explicações sobre a
razão da esperança que há em nós todo o tempo. Ou pelo exercício de nossa fé,
ou pela incredulidade dos que vivem desgarrados, somos inquiridos a expor a
verdade que habita em nós e da justiça de Deus que nos alcançou em Cristo. Até
quando nos permitiremos o despreparo para tão grande obra? O ímpio é complexo
em seus argumentos; astuto e cheio de artimanhas. Sua incredulidade é
profissional na desconstrução da bondade de Deus. Até quando seremos amadores
no testemunho de nossa fé?
Que
o desejo de nos tornarmos sempre e mais preparados para toda boa obra e
testemunho, nos inspire ao conhecimento de Deus e de sua Palavra. Pois os dias
são maus e os tempos difíceis. Mas o Senhor pode, ao mundo, por sua Igreja, inspirar a Paz.
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