sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Exercícios espirituais. Fortalecendo o que importa





6 Se der esses conselhos aos irmãos na fé, você será um bom servo de Cristo Jesus, alimentando-se espiritualmente com as doutrinas da fé e com o verdadeiro ensinamento que você tem seguido. 7 Mas não tenha nada a ver com as lendas pagãs e tolas. Para progredir na vida cristã, faça sempre exercícios espirituais. 8 Pois os exercícios físicos têm alguma utilidade, mas o exercício espiritual tem valor para tudo porque o seu resultado é a vida, tanto agora como no futuro. 9 Esse ensinamento é verdadeiro e deve ser crido e aceito de todo o coração. 10 É por isso que lutamos e trabalhamos muito, pois temos posto a nossa esperança no Deus vivo, que é o Salvador de todos, especialmente dos que crêem.
11 Recomende e ensine estas coisas. 12 Não deixe que ninguém o despreze por você ser jovem. Mas, para os que crêem, seja um exemplo na maneira de falar, na maneira de agir, no amor, na fé e na pureza. 13 Enquanto você espera a minha chegada, dedique-se à leitura em público das Escrituras Sagradas, à pregação do evangelho e ao ensino cristão. 14 Não se descuide do dom que você tem, que Deus lhe deu quando os profetas da Igreja falaram, e o grupo de presbíteros pôs as mãos sobre a sua cabeça para dedicá-lo ao serviço do Senhor.
15 Pratique essas coisas e se dedique a elas a fim de que o seu progresso seja visto por todos. 16 Cuide de você mesmo e tenha cuidado com o que ensina. Continue fazendo isso, pois assim você salvará tanto você mesmo como os que o escutam.”
                  1 Timóteo 4:6-16 - NTLH


Embora extremamente popularizado em nossos dias, o bom condicionamento físico e os exercícios corporais necessários para a obtenção e manutenção de um corpo atlético, há muito já ocupavam as mentes e as intenções das pessoas que viviam em regiões de grande adensamento populacional, guardadas obviamente as proporções históricas, sociais e políticas.

O padrão visual e a meta funcional podem ter mudado, mas o cuidado com a boa forma perdura. Ainda mais nas épocas em que a beleza sofre mudanças em seu aspecto de exigibilidade. As variadas obras de diversos artistas plásticos, escultores e pintores, nos fartam de demonstração e registros de que o padrão de beleza esteve e ainda está em mudança, não sendo nem mesmo unanimidade em uma mesma época histórica, visto que respeita certas predileções físicas variáveis de uma região para outra, não obstante vivermos em um mundo globalizado, em que a estética tende a pretender-se única e exclusiva.

Na Grécia antiga, era comum o exercício físico e os atletas já no tempo do Novo Testamento, ocupavam-se com a preparação física, com vistas às competições existentes. Preparavam-se e exercitavam-se com alguma freqüência, tanto que o apostolo Paulo faz comparação dessa prática com a necessidade de exercitar-se também e principalmente a alma.

Timóteo, para quem escreve o texto acima era um jovem, e provavelmente encontrava-se na plenitude de seu vigor. Devia apresentar certa preocupação com seu condicionamento físico, a ponto de Paulo utilizar essa mesma preocupação natural nele, para reforçar-lhe a superlativa importância do exercício espiritual, sendo enfático, ao apresentar tal exercício como atitude de grande proveito, para a robustez espiritual da vida, tanto agora quanto no porvir.

Assim como em uma academia, onde nossas séries de exercícios são planejadas para atender prioritariamente àqueles grupos musculares que apresentam maior fragilidade ou necessária correção postural, os exercícios espirituais também podem trabalhar em nós aquilo em que precisamos nos reforçar ou nos ajustar; naquilo em que apresentamos maior fragilidade.

Para que a tarefa possa iniciar-se com plena possibilidade de resultado, é importante primeiramente reconhecer aquilo em que somos frágeis e pouco capazes de suportar ou realizar; aquilo em que temos sutil e camuflada dificuldade. Despir-se diante do espelho da alma, é o primeiro e necessário passo. Reconhecer o próprio corpo espiritual. Juntas e medulas. Feridas... Tudo precisa ser exposto, para que o trabalho de fortalecimento seja iniciado do ponto ideal. Para total proveito.

Reconhecer-se fraco, portanto, é o primeiro passo para o processo de fortalecimento espiritual, de crescimento da musculatura da alma. Paulo dizia que quando sou fraco aí é que sou forte, numa flagrante evidência de que quebrar a própria arrogância e reconhecer-se dependente do Espírito de Deus é o primeiro movimento propício para uma vida espiritual saudável e frutífera no Reino dos Céus.

Assim, nesses nossos exercícios diários que faremos juntos na nova coluna aqui do blog, trabalharemos cada uma dessas nossas fraquezas, buscando o fortalecimento e sendo nutridos pela Palavra de Deus, e revigorados e sustentados pelo seu Espírito.

Que o Senhor de toda a força nos faça plenos e resistentes n’Ele. 

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