Até o ano que vem


Por Jânsen Leiros Jr.
Ano novo
novos propósitos
muitos deles de propósito
esquecidos
abandonados
Velhos propósitos
por mania repetidos
refletindo fraqueza
ou desleixo
Quem sabe?
São sonhos
quimeras e devaneios
alimentados ou mantidos
de momentos e intentos
Pretende-se muito e tudo
e se faz nunca e nada
Planejados mas não seguidos
Escritos jamais lidos
Pilhados de pendências
sementes entre espinhos
sufocadas no caminho
que trilhados sem destino
vividos por não morridos
Novo ano 
nova fase
outras oportunidades
cada instante nova chance
de fazer diferente
manhas que se mostram
sempre iguais
Etapas que vencidas
sempre a tapas
Renasce a esperança
por simples existência
de que se mude a trilha
que se troque o disco
que se vire a mesa
E se ainda nada funcionar
que se compre nova agenda
Até o ano que vem
O outro!


Dezembro 2014

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