que eu não
soubesse
Que desfecho foi
que já não
pressentisse?
Não me era óbvio
o fim
Não me estava
claro
afinal?
Por razões
impostas por si
mesmas
Condenada e
banida
foice à paixão
Morte ao amor
sufocado será
Morto por asfixia
num ataque de
fúria
Assassinato sem
corpo
e sem alma
Proibida lápide
pra nem haver memória
Execução sumária
e surpreendente
Somente pela
condenação
silente
Foi-se o sonho
que não chegou à
manhã
Partiu do peito
ainda mui cedo
Um fim tão certo
quanto a morte
Morte mais
sofrida
que qualquer
outra sorte
Último suspiro de
dor
último verso com
gosto
Último dedo de
prosa
último poema de
Agosto
Agosto 1986
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