Por Jânsen Leiros Jr.
A culpa é minha
sempre é
Me acostumei a ela
Me julgam espelhos
me apontam paredes
me acusam
e me condenam
Sinto olhares pelas costas
Não sei porque ser livre
aborrece tanto
a tantos
A culpa é minha
e será sempre
pois mais que tudo
melhor que nada
prefiro o risco
à culpa inata
Talvez um dia
me torne o amor
porque por hora
nunca fui
E se um dia vier a ser
jamais serei o que sonhei
Foi culpa minha
foi sempre assim
Porque custei acreditar
foi duro admitir
que nem mesmo eu
de acusado a acusador
fui também dos que sentem
e dos que deixam de sentir
Já houve vezes de só
fingir
Como te pretendo
o que não sou?
Como requerer
o que não dou?
Não sou mais do que um mortal
pensamento viu de um normal
Me achava irresistível
sendo apenas improvável
Mas nem mesmo desejável
fui somente descartável
Rima dura e fria
chuva fina e crua
Prosa boa e saborosa
mente insana e ardilosa
Não cantasse em todo tempo
sofreria em silêncio
Sem saber dos sentimentos
morreria de apagão
Junho 2016
Ameiiiiiiiii primo. Como sempre o poeta arrazou. Bjs
ResponderExcluirObrigado!! Prima, você é sempre uma inspiração...
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