A história segue
os versos seguem
A estrada passa
a cada cena imaginada
a cada verso sofrido
a cada página vencida
Não há como parar
nem como impedir
Todo parágrafo à frente
acaba ficando pra trás
O próximo
e o próximo
e o seguinte
Todos pra trás daqui
a cada letra mais longe
a cada palavra mais distante
Virgulas e virgulas
à frente
quase nunca pontos
Muito menos final
A estória eu sigo
ao sabor das sensações
ao saber das emoções
desconhecendo conclusões
Um capítulo chama
o seguinte
e os personagens se alternam
Só a musa não
descansa
nem em versos
nem em prosas
Junho 2015
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