Por Jânsen Leiros Jr
“17 Voltaram depois os setenta com
alegria, dizendo: Senhor, em teu nome, até os demônios se nos submetem. 18
Respondeu-lhes ele: Eu via Satanás, como raio, cair do céu. 19 Eis que vos dei autoridade para
pisar serpentes e escorpiões, e sobre todo o poder do inimigo; e nada vos fará
dano algum. 20 Contudo, não vos alegreis porque
se vos submetem os espíritos; alegrai-vos antes por estarem os vossos nomes
escritos nos céus.
21
Naquela mesma hora exultou Jesus no Espírito Santo, e disse: Graças te dou, ó
Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos,
e as revelaste aos pequeninos; sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado. 22
Todas as coisas me foram entregues por meu Pai; e ninguém conhece quem é o
Filho senão o Pai, nem quem é o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho o
quiser revelar.
23
E voltando-se para os discípulos, disse-lhes em particular: Bem-aventurados os
olhos que vêem o que vós vedes. 24 Pois vos digo que muitos
profetas e reis desejaram ver o que vós vedes, e não o viram; e ouvir o que
ouvis, e não o ouviram."
Lucas
10:17-24 - JFA
Não há registro do tempo gasto pelos
discípulos nessa missão. O que se pode perceber, contudo, é que houve grande
sucesso, pois Jesus comenta sobre as reações
enfurecidas de Satanás. Essa passagem é controversa em sua explicitação,
mas de certa forma também não teria relevância teológica por definição, se não
apenas considerando sua contextualização; de que a missão dos discípulos abalou as hostes do mal.
E por mais enfurecido que ele possa
estar, completa Jesus, nenhum dano lhes
poderá causar. Pois ele, Jesus, nos deu autoridade para pisar serpentes e escorpiões; figuras do mal e de suas representações. Sobre todo o poder do inimigo, de modo
que nenhuma retaliação precisará jamais ser temida, quando de nossas investidas
a pregar o evangelho do Reino.
Mas Jesus faz uma importante advertência.
Tal autoridade não quer dizer grande coisa. Não é o mais importante. Na verdade
não é nada comparado à salvação de nossas almas, cuja garantia é o nome escrito nos céus. Essa autoridade não
é um fim em si mesma. Antes ela é apenas um instrumento no avanço do reino de
Deus. Aliás, Jesus por vezes coloca tais manifestações em segundo plano,
evidenciando contudo o resgate da vida daquele em quem o milagre se deu.
Nos versículos 21 e 22 Jesus então
exalta Deus pela inversão do entendimento da essência do seu reino de Deus,
entendida e vivenciada pelos pequeninos, desprezados, e sem importância, em
detrimento dos doutores e entendidos da lei, mergulhados em religiosidade vil e
em nada piedosa. É a sabedoria de Deus se fazendo loucura para o mundo. Além
disso, tendo eles, os doutores da lei e seus próximos, rejeitado Jesus como o
Filho de Deus, rejeitaram na verdade a Deus, pois somente o Filho revela o Pai[1].
Quantos homens de Deus, profetas e reis,
viveram na esperança de verem a salvação
do nossos Deus, e não lhes foi possível. Os discípulos estavam tendo esse
grande privilégio, bem como nós o temos nos dias de hoje. Vivenciamos a história
completa. Somos personagens dela, viventes em um reino divinal estabelecido em
nossos corações[2].
Por que temer o mal, se vivemos em nós todo o bem?
Refletindo o
Exercício
A autoridade nos foi dada sobre
tudo, por mais assustadora circunstância ou oponente. Mas ainda há quem se
pilhe de desculpas para não testemunha a salvação de Deus. E nós, que vivemos o
privilégio da graça. O que fazemos?
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