Por Jânsen Leiros Jr
4 Digo-vos, amigos meus:
Não temais os que matam o corpo, e depois disso nada mais podem fazer. 5 Mas eu vos mostrarei a
quem é que deveis temer; temei aquele que, depois de matar, tem poder para
lançar no inferno; sim, digo, a esse temei. 6 Não se vendem cinco passarinhos por dois asses? E nenhum
deles está esquecido diante de Deus. 7 Mas até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados.
Não temais, pois mais valeis vós do que muitos passarinhos.
8 E digo-vos que todo
aquele que me confessar diante dos homens, também o Filho do homem o confessará
diante dos anjos de Deus; 9 mas quem me negar diante dos homens, será negado diante dos
anjos de Deus. 10 E a todo aquele que proferir uma palavra contra o Filho do
homem, isso lhe será perdoado; mas ao que blasfemar contra o Espírito Santo,
não lhe será perdoado. 11 Quando, pois, vos levarem às sinagogas, aos magistrados e
às autoridades, não estejais solícitos de como ou do que haveis de responder, nem
do que haveis de dizer. 12 Porque o Espírito Santo vos ensinará na mesma hora o que
deveis dizer."
Lucas 12:4-12 - JFA
Se até o texto anterior a preocupação
era fugir do fermento dos fariseus, Jesus agora apontava para o fato de que não
deveria haver qualquer preocupação com suas eventuais e possíveis retaliações,
em virtude do que eles achavam ser religiosamente correto, e o que ele mesmo
apregoava como sendo o reino de Deus. É evidente que falava da ameaça velada
que se intensificava contra sua vida.
Jesus, no entanto, adverte que por
maiores que sejam suas ameaças, somente poderão, no máximo matar-lhe o corpo,
nada podendo fazer além disso. Porém é muito mais importante fazer a vontade de
Deus, cujo o juízo pode lançar no inferno. A questão é que por preocupações
outras e menores, essa prioridade quase sempre se invertia. E para manter as
aparências e as relações de conveniência, a vontade de Deus era deixada de
lado, em função das tradições e conveniências daqueles que dominavam a religião.
Não
temais, pois mais valeis vós do que muitos passarinhos.
Provavelmente entre os discípulos e a multidão, haviam os que não concordavam
com nada do que era imposto ou requerido pelos líderes religiosos, mas temiam
suas possíveis retaliações, julgamentos e condenações. Jesus então demonstra
que não é preciso haver qualquer preocupação, pois Deus, que não deixa de olhar
por pássaros aparentemente tão sem valor, não deixará de olhar por aqueles que
nele confiam. Pois mais valeis vós do que
muitos passarinhos.
Jesus então declara finalmente o fator
de risco iminente; declarar crer nele e em sua palavra. E por isso ele sustentará
a coragem daqueles que com ousadia o confessarem diante dos homens. Negará, porém,
a quem por covardia e timidez o negar diante dos homens. Pois ainda que alguém
for levado diante de tribunais, o Espírito lhe ensinará quanto ao que deve
falar.
Negar Jesus, portanto, é o pecado do
qual pessoa alguma escapará. Porque nega a ação do Espírito que lhe convence do
pecado, da justiça e do juízo[1].
Não lhe será perdoado; porque opta
por fazer de Deus mentiroso[2];
a blasfêmia contra o Espírito Santo.
Refletindo o Exercício
Não somos habituados a atitudes de coragem. Diante de um
risco iminente, buscamos oportunidades de sobrevida, ainda que nos custe algo
que imaginávamos inegociável. Há pessoas pelo mundo morrendo por confessar
Jesus. Mas há quem o negue para ficar "bem com os outros". Precisamos
de coragem, ou não valemos mais que passarinhos?
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