Conta a minguante do dia
cata a migalha de pão
Vejo a miséria da fome
sinto o desprezo do rei
Não há sentido em acordar
nem hã lugar onde dormir
Me faltam lágrimas para chorar
e motivos para sorrir
Como viver
sem ter onde morrer?
Como apontar
para o que ninguém vê?
Como o que
sobrar de tudo
Como mudar a sorte?
Talvez vender a alma
Se alguém puder comprar
Janeiro 1992
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