Por Jânsen Leiros Jr
“38 Ora, quando iam de caminho, entrou Jesus numa aldeia; e
certa mulher, por nome Marta, o recebeu em sua casa. 39 Tinha esta uma irmã
chamada Maria, a qual, sentando-se aos pés do Senhor, ouvia a sua palavra. 40 Marta, porém, andava
preocupada com muito serviço; e aproximando-se, disse: Senhor, não se te dá que
minha irmã me tenha deixado a servir sozinha? Dize-lhe, pois, que me ajude. 41 Respondeu-lhe o Senhor:
Marta, Marta, estás ansiosa e perturbada com muitas coisas; 42 entretanto poucas são
necessárias, ou mesmo uma só; e Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será
tirada."
Lucas 10:38-42 - JFA
Não faz muito tempo, escrevi aqui
sobre o que chamei de distrações[1].
Tudo aquilo que ocupa nossa mente, nossas preocupações e nossas prioridades, de
modo a preterirmos em nosso cotidiano, aquilo que deveria ser, em tese, as
prioridades ou hábitos para lá de comuns no dia a dia de um cristão; a oração e
a leitura da palavra.
Tais distrações podem vir de todos os
lados, e estarem ligadas a diversos seguimentos da vida. Podem ser distrações
emocionais ou intelectuais, variando conforme aquilo que mais nos toca, aquilo
que nos é mais apaixonadamente interessante. Pode ser um livro muitíssimo
comentado que você não pode deixar de ler. Pode ser um site da internet com
informações que você julgue apropriadas, ou mesmo ser um debate acalorado entre
especialistas, em um assunto que você gostaria de se aprofundar.
No texto acima, Marta estava ocupada
com os afazeres domésticos, mais especificamente em receber muito bem Jesus e
seus discípulos. Ela ocupava-se em preparar a melhor refeição, o melhor jeito
de servi-los, em colocar tudo bem arrumado. Tantas eram suas preocupações, que
chegou a indignar-se, não só com Maria que aparentemente não se preocupava com
nada daquilo, mas também com o próprio Jesus, de quem cobrou tê-la deixado ali
aos seus pés, sem que lhe a tivesse constrangido a ajudar a irmã.
O mundo moderno nos oferece uma
quantidade imensa de distrações. E além disso ainda exige de nós as melhores
escolhas, as melhores e mais otimizadas decisões; precisamos ser produtivos e
apresentar resultados lucrativos, ou relevantes o tempo todo, como se na prática
não passássemos de massa propulsora das engrenagens mercadológicas criadas
pelos interesses humanos, crescentemente ensimesmados e convenientes. E ainda
que as pretensões de Marta fossem infinitamente mais modestas, ela se inclui
facilmente nesse grupo que opta pelo ativismo em lugar da edificação.
Jesus a adverte então com amor,
denunciando nela exatamente esse comportamento disperso, de quem ocupa-se de
muitas coisas, para não se obrigar aperceber o tanto de caminho ainda lhe falta transpor. Uma só coisa importa.
Maria escolheu a melhor parte.
Refletindo o
Exercício
É preciso priorizar o que nos
edifica, abrindo mão do que nos ocupa, e que não é relevante para o reino de
Deus em nós.O que nos distraindo, ocupando em lugar da busca do
conhecimento e da plenitude de Cristo em nós?
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