Por Jânsen Leiros Jr.
“8 Contudo, recebereis poder quando
o Espírito Santo descer sobre vós, e sereis minhas testemunhas, tanto em
Jerusalém, como em toda a Judeia e Samaria, e até os confins da terra!"
Atos 1:8 - JFA
“14 Nós sabemos que já passamos da
morte para a vida, porque amamos os irmãos. Quem não ama permanece na morte. 15
Toda pessoa que odeia seu irmão é homicida, e sabeis que nenhum assassino tem a
vida eterna em si mesmo. 16 Nisto conhecemos todo o
significado do amor: Cristo deu a sua vida por nós e devemos dar a nossa vida
por nossos irmãos. 17 Se alguém possuir recursos
materiais e, observando seu irmão passando necessidade, não se compadecer dele,
como é possível permanecer nele o amor de Deus? 18 Filhinhos, não amemos de
palavras nem de boca, mas sim de atitudes e em verdade."
1 João 3:14-18 - KJA
“8 Aquele que não ama não conhece a
Deus, porquanto Deus é amor. 10 Assim, nisto consiste o amor:
não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou e enviou o seu
Filho como propiciação pelos nossos pecados. 11 Amados, considerando que Deus
amou dessa forma, nós também devemos amar uns aos outros. 12
Ninguém jamais viu a Deus; se amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e
o seu amor é aperfeiçoado em nós.
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Se alguém declarar: “Eu amo a Deus!”, porém odiar a seu irmão, é mentiroso, porquanto
quem não ama seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não enxerga. 21
Ora, Ele nos entregou este mandamento: Quem ama a Deus, ame de igual forma a
seu irmão! "
1 João 4:8, 10-12;20-21 - KJA
Em nossa sociedade, tão acostumada aos
termos jurídicos, testemunha é sempre entendida como alguém que poderá atestar
sobre alguma coisa que demande comprovação. Nesse cenário de significado semântico,
se dissermos que precisamos ser testemunhas de Jesus, logo somos entendidos
como quem sugere que saiamos pelo mundo a contar o que Jesus fez em nossas
vidas.
Assim, muitos são os "ex"
alguma coisa que se lançam a apregoar o que eram, e o como faziam isso e
aquilo, fazendo alarde sobre seus passados, como se comparativamente,
baseando-se no que eram antes, agora estão totalmente referendados a testemunhar
sobre o que Jesus fez em suas vidas. É claro que o Senhor transforma vidas. E também
é claro que condutas inadequadas são abandonadas após genuínas e legítimas conversões.
Mas eu pergunto, esse é o significado de sermos testemunhas de Jesus a todos os
povos?
Ao longo dos evangelhos, de Mateus a
João, por diversas vezes aqueles a quem Jesus dirigiu-se realizando milagres, passaram
a testemunhar suas curas com alegria e espanto. Porém, não precisaram do Espírito
Santo para isso. Realizado o milagre, e constatadas as curas, eles falavam
abertamente sobre o que o Senhor lhes havia feito. Ora, se mesmo antes da
descida do Espírito Santo em Jerusalém, na festa de Pentecostes, havia quem
contasse efusivamente o que Jesus lhe havia feito, fosse o que fosse, por que
então o próprio Jesus prometeu que seríamos revestidos do poder do Espírito
Santo para sermos suas testemunhas?
O poder do Espírito Santo, é um poder
realizador. Uma condição que aponta para uma realização que demanda uma
capacitação sobrenatural, cujos resultados e o sucesso não podem depender
apenas da própria vontade, ou do próprio talento. Dependerá sobretudo da forte
atuação de Deus, através de seu Espírito, que presente em nós, realizará aquilo
que não nos é possível realizar, ou nos fará chegar onde, por nossos próprios
meios não nos seria possível chegar. Ora, então que testemunho é esse, que para
realizá-lo nos é preciso receber poder do Espírito?
Se observarmos a dinâmica de nossas relações
com o mundo sem Deus, mundo onde nosso universo existe, as pessoas que nos
cercam, que convivem conosco, não são de modo algum interessadas em leitura da Bíblia,
pregações ou louvores que lhes possam tocar o coração. Eles vivem seus
cotidianos envolvidos em suas tarefas pessoais, cuidando de seus interesses ou
meios de subsistência. Não têm qualquer acesso a uma atividade religiosa
perene, onde o testemunho bíblico lhes sejam comum e experimentado. O que
conhecem da bíblia muita das vezes é superficial ou caricato, dando uma percepção
distorcida do evangelho de Cristo.
É nesse cenário de desconexão com
Deus, que nós, discípulos de Jesus, temos que ser suas testemunhas. Não
contando apenas o que Deus fez em nossas vidas, mas também e principalmente
sendo a novidade de vida que seu Espírito realiza em nós. Nosso testemunho é
viver como Jesus viveu, uma vez que o mesmo Espírito que o capacitava, habita
também os nossos corações. Em um mundo que não se ocupa em conhecer Jesus através
de suas palavras, nós devemos ser o Jesus que eles podem conhecer, assim como
somos a Bíblia que eles lêem.
Em sua primeira epístola, João se
ocupa em apresentar o amor como a maior e mais eficaz demonstração da habitação
de Deus em nós, a ponto de dizer que quem não ama ainda está morto. Em sua
expressão de entrega e dedicação, o amor precisa ser uma expressão de nossa fé,
testemunhando através de nossas atitudes, o quanto de Jesus habita em nós. Sim,
amor traduzido em atos legítimos, não circunscritos em palavras mortas e sem
qualquer efetiva eficácia.
O amor vivido e praticado é o nosso
testemunho; para o que somos capacitados pelo poder realizador do Espírito
Santos que habita em nós. Ora, não amemos
de palavras nem de boca, mas sim de atitudes e em verdade. Se alguém declarar: “Eu amo a Deus!”, porém
odiar a seu irmão, é mentiroso, porquanto quem não ama seu irmão, a quem vê,
não pode amar a Deus, a quem não vê? Quem não testemunha por amor, não
reflete a imagem de Cristo em sua vida, ainda que conte histórias de milagres.
Pois qualquer milagre realizado já passou. O milagre que permanece, é o amor de
Deus em nós.
Direto e assertivo como sempre! Parabéns companheiro!
ResponderExcluirObrigado Caio, por seu carinho e incentivo. Um forte abraço!!!
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