...e
conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.
João 8:32
Perguntou-lhe
Pilatos: Que é a verdade?
João 18:38
Desde o anúncio da trágica morte do
candidato à presidência da república Eduardo Campos, que as notícias sobre a apuração
das causas do acidente que vitimou todos que estavam naquela aeronave, vêm
assustando pelas controvérsias e circunstâncias que indicam, mais uma vez, que
nada será efetivamente comprovado, ampliando a lista de casos não totalmente
esclarecidos na história de nosso país.
O pior nesses cenários, é que todas
essas idas e vindas das informações oficiais e oficiosas, parecem atender
propositadamente a uma intenção sórdida de manter a verdade sempre encoberta,
tornando-nos incapazes de tomar posição diante dos fatos e suas causas. Seria a
velha atitude manipuladora das massas, sustentada na falácia de que “o povo não
está preparado para a verdade”? A quem interessou historicamente e a quem
interessa hoje tal manipulação?
Vivemos a era da informação. Mas com a
popularização das mídias e o acesso a elas e a capacidade de divulgação que
todo o individuo tem nas mãos, também vivemos a era da contra-informação. E
esse emaranhado de noticias que correm para todas as direções e sentidos, nos
causa, na verdade, enorme sensação de desinformação. Basta uma parada para o
cafezinho, que logo percebemos que diversas pessoas têm informações as mais
variadas, impedindo-nos sempre de concluir sobre a verdade de qualquer fato e
circunstâncias.
Quando tudo pode ser verdade, nada é
verdade. E cada cidadão acaba por criar sua própria versão dos fatos, das
circunstâncias e das intenções de todos os envolvidos. Assim, os diferentes e
variados grupos ideológicos, políticos e até religiosos esculpem suas versões
conforme seus interesses e conveniências. Nessa briga pela crença e aderência
da maioria, vence não a verdade, mas a versão que melhor convencer e atender o
imaginário coletivo. Desse modo, o que parece ser superará o que realmente é.
Por tudo isso é que venho insistindo,
cada vez com maior convicção, de que não adianta e nem nos levará a nada, a
discussão política agressiva e raivosa que venho assistindo em diversos posts no facebook e em tantas outras mídias. Desconfio até, que quanto maior
a veemência e a inflexibilidade das posições defendidas, maior o grau de
manipulação a que foram submetidos
os envolvidos nesses debates.
Obviamente não defendo a falta de
posição. Pelo contrário. É preciso sempre tomar partido de uma ou outra idéia e
buscar a convicção daquilo em que se acredita. Mas se a verdade absoluta não é
propriedade de ninguém, sobre qualquer fato ou circunstância, precisaremos respeitar
sempre a posição convicta do outro, que acreditou naquilo que lhe pareceu mais
crível. Nesse meio tempo, as autoridades competentes bem poderiam nos ajudar,
apurando com imparcialidade e empenho, a verdade que no fundo todos buscamos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Detesto falar sozinho. Dê sua opinião. Puxe uma cadeira, fale o que pensa e vamos conversar...