segunda-feira, 28 de julho de 2014
=> Reconciliação, um caminho para a Paz
quarta-feira, 23 de julho de 2014
X Nós os perdemos, mas eles sempre nos ganharam - Os Trescritores
quinta-feira, 17 de julho de 2014
=> Fragmentos de um debate - O Reino de Deus
sábado, 12 de julho de 2014
A vida pode ter sentido - Parte 1
“O que ou quem me traz à existência e logo nela me impede de continuar?
Minha origem é
incerta, como é incerto o meu futuro.
O que está por
trás desse ciclo? Quem o planeja?
Por que se vive
tão pouco, e qual o sentido de tão efêmera existência?
Bem não aprendo a
viver, e já a morte me leva.
Será que nasci
apenas para viver.
E se vivo, o faço
apenas para um dia morrer?
Será a vida uma
passagem e a morte um ingresso?
Ou será que com a
vida se compra a passagem para a vida que a morte traz?
Nascimento, vida
e morte; em linha a nossa sorte?
Ruim talvez
nascer morto.
Pior talvez
morrer vivo.
Pior ainda viver
morto.
Melhor de tudo?
Nascer de novo
renovando a vida.
Não morrer jamais”
Não
morrer jamais –Jânsen Leiros Jr
Blog Sensações & Poesias
Quem
jamais se fez essas perguntas? Quem nunca se surpreendeu, tentando encontrar
algum sentido para a própria existência? Cedo ou tarde, por um motivo ou outro,
penso que todo ser humano se põe a questionar: o que é que estou fazendo aqui?
E ainda: qual o sentido da vida? Mesmo sendo uma questão legítima, essa
inquietação impulsiona o ser humano em uma viagem que pode variar entre o
monótono e o surpreendente, entre o sintético e o analítico, entre o
crescimento e a estagnação, e entre a euforia e a depressão.
A
legitimidade do questionamento pelo sentido da vida tem origem na observação
tácita de que ela não pode resumir-se em uma sucessão de dias, gastos na busca
de satisfação das necessidades básicas, quer físicas quer sociais. Uma rotina
patética de luta atroz pela sobrevivência. Ora, se eu não existisse, não teria
qualquer necessidade. Se as tenho, é só porque existo. Então minha existência
não pode se resumir em atender às demandas que tenho, apenas pelo próprio fato
de existir; existir para manter-se existindo. Assim, causa e efeito seriam
viciosamente uma mesma coisa. A vida teria sua funcionalidade aprisionada em um
ciclo necessidade-satisfação. Um propósito monótono, apático e impotente para
construir perspectivas atraentes a uma humanidade sedenta de objetivos
existenciais. Um propósito adequado na vida pode deslocar o pulso existencial
do dever, para o pulso essencial do prazer.
Muitas
e variadas linhas de pensamento buscam encontrar esse adequado sentido para a
vida. Os mais pragmáticos sintetizam o viver ao tempo entre o nascer e o
morrer. Nesse intervalo, o ser humano sobrevive e da melhor maneira possível.
No contexto de manter-se vivo, vale tudo para que essa sobrevivência tenha
algum prazer, ainda que para essa linha de raciocínio, por definição, a
sensação de prazer e saciedade seja transitória e temporal.
Eu
tenho muita dificuldade em reduzir a vida a um ciclo de nascimento e morte no
tempo. Não estou me referindo à vida após a morte. Não é o caso aqui. Estou
falando de vida transcendente, ainda que presa ao ciclo de começo-meio-fim;
falo do que Jesus chamou de "vida em abundância". Vida com sentido,
vida com propósito.
Aqui
e agora, a vida, por ser vida, não pode ser estática. Precisa estar em
movimento. Ser dinâmica e contagiante. Influenciadora e envolvente. Expansível
de dentro para fora, e inspiradora de fora para dentro porque agradecida. Em
toda e qualquer direção, precisa interagir com o cenário em que se insere. A
vida precisa ter significado enquanto existente.
A
melhor e mais apropriada comunicação que conheço dessa vida em movimento é a
que o texto bíblico faz utilizando a figura do peregrino em terra estranha.
“Todos esses morreram cheios de fé. Não receberam as coisas que Deus tinha prometido, mas as viram de longe e ficaram contentes por causa delas. E declararam que eram estrangeiros e refugiados, de passagem por este mundo.”
Hebreus 11:13 - NTLH
“Queridos amigos, lembrem que vocês são estrangeiros de passagem por este mundo.”
1 Pedro 2:11 - NTLH
Um
peregrino está sempre em movimento, sempre a caminho, em marcha para algum
lugar. E sendo um forasteiro, não pode se permitir descansos mais demorados ou
tornar-se cativo de qualquer outra demanda que não a sua ali e além. Um
peregrino, ainda que cansado pelo esforço na caminhada, não pode entregar-se à
auto piedade ou à acomodação. Precisa viver sua peregrinação. Nada nessa terra
em que atravessa é suficientemente seu para que o detenha em sua jornada, e lhe
desvie do objetivo; ameaçadoras distrações.
Mas
ainda que o peregrino esteja sempre caminhando, sempre em marcha para algum
lugar, o sentido de sua vida não é o ponto de chegada, mas sua própria jornada.
No caminho está o seu prazer. Por essa razão, a quantidade de tempo vivido é
menos importante do que o como essa vida é vivida no tempo. O sentido da vida
se expressa em quão oportuna ela é, e não em quanto tempo ela está.
Portanto,
viver é mais do que meramente existir. É ir além da satisfação das necessidades
diárias. A vida pode ter um sentido e este não está em qualquer lugar onde eu
queira ou possa chegar. Em vez disso, está no caminho que experimento e trilho
até lá.
Viver
é inserir-se no tempo presente, modificando-o oportunamente. Assim, cada
instante vivido se reveste de significância, e cada ato, por mais simples e
espontâneo, por mais complexo ou sacrificante, será sim, pertinente e adequado,
dando sabor, seja doce ou amargo, à realidade de minha existência. Porque o
prazer de viver está em ser o que se é na sua potencialidade plena, ainda que
seja difícil e dolorido. Porque se o
viver é Cristo e o morrer é lucro[1],
não há qualquer prejuízo em vivermos frutificando ao próximo. Porque esse,
afinal, era o viver de Jesus.
quarta-feira, 9 de julho de 2014
X Lições que a Alemanha de Joaquim nos deu
domingo, 6 de julho de 2014
* Por que estudar Teologia. E não Por que DEVEMOS estudar Teologia?
quinta-feira, 3 de julho de 2014
Encarando nossos limites - Muros que construímos - parte 1
Por Jânsen
Leiros Jr.
Revisado e ampliado em 08/04/2024
O
ser humano é naturalmente conquistador, um desbravador por excelência. Diante
de uma barreira, sempre nos sentimos desafiados a superá-la. Somos
inconformados com limites, e foi assim que a humanidade caminhou por toda a sua
existência. À medida que as barreiras iam se apresentando, elas eram superadas
ou, no mínimo, contornadas. No curso da história, cruzamos rios, vencemos
desertos, atravessamos oceanos, contornamos montanhas e nos lançamos ao espaço.
Será a última fronteira?
A
conduta desbravadora da humanidade é como um trem que avança constantemente,
num balanço alternado entre o conforto e o solavanco, conforme as
circunstâncias dos trilhos. Sempre a caminho do além daqui. Essa característica
da busca por superação influenciou diversos aspectos da vida humana, como na
ciência, na tecnologia, nas artes e até mesmo nas relações interpessoais.
Se
esta compulsão por superação é um traço comum do ser humano em sua
coletividade, individualmente, contudo, nem sempre esse impulso se realiza de
modo a nos empurrar adiante do lugar em que nos encontramos. E os fatores que
se unem na construção das barreiras que nos impomos individualmente são muitos.
Medo do fracasso
O medo de não atingir os objetivos ou
de enfrentar rejeição pode nos impedir de tentar novas experiências ou buscar
nossos sonhos. Uma pessoa que sonha em iniciar seu próprio negócio, por
exemplo, pode sentir medo de falhar e ser rejeitada pelos outros.
Autocrítica
excessiva
A
tendência de sermos muito autocríticos pode nos levar a duvidar de nossas
próprias habilidades e capacidades, minando nossa confiança para agir e avançar
em direção aos nossos objetivos. Um estudante universitário que constantemente
se critica por não alcançar notas perfeitas pode acabar minando sua própria
confiança e motivação, comprometendo efetivamente seus resultados.
Zona de conforto
O
hábito de permanecer dentro de nossa zona de conforto, evitando desafios ou
situações desconhecidas, pode nos manter estagnados e impedir nosso crescimento
pessoal e profissional. Uma pessoa que se acomoda em um emprego que não a
desafia mais pode ficar estagnada em sua carreira, além de desenvolver apatia
estagnante.
Crenças limitantes
Crenças
negativas sobre nós mesmos, sobre o mundo ou sobre o que é possível alcançar
podem criar barreiras psicológicas que nos impedem de explorar nosso potencial
máximo. Uma pessoa que acredita que não é inteligente o suficiente para
aprender um novo idioma, por exemplo, pode se auto sabotar e evitar tentar
aprender.
Falta de planejamento
ou visão clara
A
ausência de metas claras ou um plano de ação definido pode nos deixar sem
direção e sem saber por onde começar, dificultando nosso progresso. Isso
normalmente acontece com indivíduos que vivem no que podemos chamar de piloto
automático, vivendo sua rotina no embalo dos acontecimentos e premências, sem
se dar conta de que o tempo passa, e seus sonhos vão se desfazendo pelo
caminho.
Incapacidade de lidar
com o fracasso
A
falta de resiliência e a incapacidade de aprender com os fracassos podem também
nos paralisar e nos impedir de tentar novamente após enfrentar obstáculos. Um
empreendedor que enfrenta um grande revés financeiro pode se sentir
desencorajado e tentado a desistir de seu negócio, concluindo precipitadamente
que não tem as condições técnicas ou os recursos ideais para o empreendimento.
Insegurança e baixa
autoestima
Sentimentos
de inadequação e baixa autoestima podem nos fazer duvidar de nosso próprio
valor e nos impedir de buscar oportunidades de crescimento e desenvolvimento,
quer sejam profissionais, quer pessoais. Uma pessoa que possui insegurança e
baixa autoestima pode evitar oportunidades de promoção no trabalho devido ao
medo de não ser capaz de lidar com as novas responsabilidades ou de não ser
valorizada pela equipe. Isso pode resultar em estagnação profissional e
insatisfação pessoal, com desdobramentos para diversos aspectos da vida.
Padrões sociais e
expectativas externas
Pressões
sociais e expectativas externas podem nos levar a seguir um caminho que não é
autêntico para nós, limitando nosso potencial e nos impedindo de buscar nossos
próprios interesses e paixões. Um jovem que se sente pressionado a seguir uma
carreira tradicionalmente valorizada por sua família, como medicina ou direito,
pode sentir-se preso a expectativas externas e não seguir seus próprios
interesses e paixões. Isso pode levar a uma vida profissional insatisfatória e
falta de realização pessoal, gerando grande e sufocante frustração.
A
maioria das pessoas que conheço, que se mantêm adormecidas em suas pretensões,
desistiram de seus sonhos e abriram mão de realizarem-se em diversos segmentos
da vida, acomodando-se por conforto ou medo. Impuseram-se razoável dose de
frustração e vivem amargas diante das realidades que experimentam, empalidecidas
em atitudes e empenhos cotidianos. Independentemente de suas condições sociais
ou financeiras, foram vencidas por limites erguidos contra si mesmas, reais ou
imaginários, que as impediram de se manter caminhando na direção de um alvo
qualquer.
Diante
de tal realidade, é impossível não se sentir sinceramente comprometido com a
necessidade urgente de trazer a estas pessoas um caminho que lhes apresente,
ainda que no horizonte, a oportunidade de romper os grilhões de tudo aquilo que
as aprisiona. De superar seus limites e de terem a oportunidade de explodir as
barreiras que as detêm na direção de uma jornada realizadora e edificante.
Para
um desafio dessa relevância precisamos, sobretudo, escolher as ferramentas
ideias para a empreitada. Devemos realizar a escolha que poderá definir entre a
enganosa sensação do “eu consegui por mim mesmo”, ou a libertadora realidade
“recebi e vou cuidar”. Vamos às opções?
Continua semana que vem