“Vejo o liberalismo perigoso,
assim como o ascetismo. Nossas igrejas estão lotadas de desconhecimento de
Deus, ou vazias de conhecimento. Como preferir. Mas temos gente crendo em tudo
e qualquer coisa, agarrando-se por conveniência e casuísmo, a tudo que lhe
absolva a consciência, e a tudo que pode condenar o outro. Mantras e palavras
de ordem tomaram conta dos cultos, assim como o dia a dia convive bem com um
dualismo que divide o "dentro da igreja" e o "fora dela". -
Eu sei separar as coisas! Ainda se laureiam por isso!!!...
A cabeça é fraca, o coração
inquieto... São meninos inconstantes levados por todo vento de doutrina,
movimentos, visões e moveres... Crêem em um deus ídolo, que lhes sacia desejos
e vive para lhes satisfazer vontades e blindá-los do mundo. Um deus-servo a
quem manobram por barganha.
Concordo com você. Há inúmeros
perigos nas igrejas. Mas quem os está levando lá para dentro somos nós mesmos;
falo como membro do corpo e tão infectado como todos os demais..."
JLjr
- em um comentário em alguma comunidade da internet
Venho acompanhando com especial
interesse diversos textos e manifestações plurais em sua forma e conteúdo, que
se esforçam por um fim comum; apontar para uma profunda e perigosa onda de
mundanismo invadindo as igrejas de todas as denominações, através de um sutil e
disfarçado liberalismo, que segundo os que defendem esse argumento como real, apoderou-se
das agendas de eventos e dos púlpitos Brasil afora.
Na contra-mão, e com não menos
interesse, percebo também uma resistência que se pauta em um ascetismo renitente
e legalista, que se pretende defender as últimas fronteiras do que chamam de
puro evangelho, reivindicando o conhecimento e o domínio do que se acredita ser
o mais genuíno modelo de cristianismo.
O que se percebe nesse campo em que as
pretensões se declaram, é que de um lado e de outro, diversos movimentos
pleiteiam pela legitimidade de definir e normatizar em que e de que forma
deve-se crer em Deus e qual o modelo ideal de relacionamento Ele estabelece com
aqueles que lhe devotam crença.
Nesse processo de pretenso apoderamento
de Deus, nem tanto de seus atributos mas principalmente de suas manifestações, enquanto
multidões têm sido ensinadas e estimuladas a um frenesi alucinante, com vistas
a experimentar Deus de forma empírica ou extra-sensorialmente, outras tantas o
desenham um juiz rancoroso e implicante, transbordante de regras e
formalidades, onde uma possível relação espontânea com Deus, se perde em meio a
rituais e liturgias engessadas, incapazes de conferir ao ser piedoso a
compreensão de conforto presente, e da redenção iminente.
Assim o que encontramos hoje pela
maioria de nossas igrejas evangélicas, é um emaranhado de ativismo raso,
liberal ou radical, que não promove nem o conhecimento de Deus até a estatura de varão perfeito, nem tão
pouco uma profunda e relevante comunhão
dos santos, através do que o mundo inteiro deveria nos reconhecer.
“1 Bem-aventurados aqueles cujos
caminhos são íntegros e que vivem de acordo com a Lei do Eterno! 2
Felizes os que guardam suas prescrições e o buscam de todo o coração; 3
e, não se entregando à prática de iniquidades, seguem seus caminhos no SENHOR. 4
Promulgaste teus preceitos, para que sejam observados com diligência.
5
Tomara se firme minha conduta, para que eu observe teus decretos! 6
Então, não terei de me envergonhar, se ficar atento a todos os teus mandamentos."
Salmos
119:1-6 - KJA
Quando falo isso, não me eximo de
responsabilidade. Não, de forma alguma. Porque ninguém depende de titulo, cargo
ou posição na igreja, para fazer a sua parte no Reino. Eu não preciso. Na era
da informação e da democratização dos meios de comunicação, aliada que está em
nosso país, a uma extremada liberdade de expressão - e que continue sempre
assim, todos podemos desempenhar o papel que entendemos ter no mundo. Todos
podem desenvolver e operar suas potencialidades e dons, oferecendo-se a Deus em
sacrifício vivo, santo e agradável.
Ora, não nos foram dados talentos? Que
os utilizemos e frutifiquemos, pois sem dúvida logo nos pedirão contas do que
tivemos à mão para realizar. Conscientes que somos de que um é o que semeia,
outro o que rega, mas que é Deus que dá o crescimento, somos responsáveis
apenas por aquilo que nos foi dado a fazer. Precisamos, portanto, pregar a Palavra.
Ensinar a Palavra. A tempo e fora de tempo. O que não falta no mundo, é fome e
sede de conhecimento de Deus.
Que o Senhor de todo o entendimento
nos capacite a realizar aquilo que nos determinou, para que sua vontade seja
cumprida em nós com a alegria. Pois a boca fala do que o coração está cheio.
Terno
e forte abraço...
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